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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

III PEREGRINAÇÃO NOCTURNA À PRAÇA DO PEIXE - ROTA DA CERVEJA PRETA

Saimos da Figueira da Foz pouco depois das 19:00 para estar na Gafanha da Nazaré às 20:30. Não fossem algumas voltinhas de desorientação e tinhamos cumprido o horário.

O facto de não conhecermos os participantes, excepção feita a uma pequena minoria, não atrapalha. Pelo contrário, é um prazer conhecer novos e ilustres viciados nas pagaias!




Após distribuídos e recebidos cumprimentos e apresentações, e de devidamente certificada a logística (existência de chouriço, pão e minis pretas) equipámos sob uns aguaceiros gelados e muito desagradáveis - a meteorologia avisara!

Quentinhos, impermeáveis e com a segurança montada, entrámos dentro dos Kayaks e dentro na Ria de Aveiro. Partida na marina na Gafanha da Nazaré com destino à Praça do Peixe com passagem pela Capitania.

Ordenadamente e, sobretudo, com uma preocupação constante com a segurança, as embarcações entram nas águas escuras. Inventariou-se 30 seres vivos e 27 inertes flutuantes  hidrodinamicos com objectivo regressarem todos os que partem.



No escuro, escuta-se os kayaks a deslizar, as pagaias a apoiar com salpicos, vozes dos entusiastas. Os olhos habituam-se á escuridão mas a vista não alcança mais do que uns metros. Contra o luar desenham-se vultos que ficam melhor assinalados devido aos frontais. Todos os gatos são pardos. Seguimos atrás de quem sabe o caminho... à volta é só àgua negra. Na margem visivel, a uma distância que já não se quantifica, estão enormes barcos de pesca, alguns monstros que merecem uma visita diurna demorada. Sem vento e sem noção de corrente o grupo, agora já mais disperso, chega à eclusa que regula o nivel da água nos canais da Veneza Portuguesa. Reclusos na eclusa, a água sobe com um turbilhão e gritos de alegria. A comprta abre-se e liberta o cardume num ambiente urbano. O Fernando Mónica acompanha-nos sempre - não descura a reportagem fotográfica! 




Deslizando pelos canais chegamos ao Mercado do Peixe onde desembarcamos. Surgem, então, uns dipositivos pirotecnicos onde se efectua a assadura de chouriços. E como as labaredas iluminaram a praça! Minis pretas, queijo, pão, chouriço. 



Chegou o momento do regresso que já se fez em silêncio - porque seria? O grupo foi empurrado pelos canais para a Ria e remou silenciosamente na escuridão até à marina, ponto onde começara a peregrinação. Arruma-se o equipamento e traja-se à paisana.

Mas que grande deslumbre e que grande satisfação.

Aqui estão as imagens!