Foram
diversas as motivações. A ideia estava na calha, há algum tempo. O local já nos
chamava, há muito. Neste Agosto realizara-se uma actividade que envolvera um
passeio de kayaks nos canais no estuário do Mondego e o carácter familiar da
coisa agradava-nos. O mar estava demasiado revolto, não prestava para a
habitual surfada. Estavam reunidos os ingredientes.
S.
Pedro comprometera-se a, nesse dia, enviar chuva. Sob esse auspício,
encontrámo-nos às 09:00 em ponto no Museu do Sal. Bem, não foi bem em ponto,
mas foi lá perto! Cinco famílias de amigos. Uns mais expectantes do que outros:
os estreantes um bocadinho mais aflitos, os mais experientes não queriam mesmo
era a chuva.
Reunidos,
tratámos de equipar. Coletes para todos, corta vento para quase todos, especial
cuidado com as crianças. Merendinha, indispensável. Lá arranjamos forma de
enfiar os kayaks no canal junto ao ponto de encontro, um a um e arrancamos
tendo como destino o moinho de marés.
Com
alguns desvios, S’s e Z’s impostos pelo vento inconstante - mas a crescer em força – chegámos ao moinho
de maré. O vento fazia-se ouvir intensamente nas copas dos enormes eucaliptos
que ali se encontram. Consumiu-se a merendinha e explorámos a envolvente,
identificando as zonas do edificio e as funções que teriam, noutros tempos,
desempenhado.
Este local está situado num ambiente de “ria”: Canais de água que
dependem das marés, vegetação e fauna tipicamente de “reserva natural” - se é
que tal coisa existe. Caminhos pouco trilhados e vestígios, muitos, muitos restos
do que ali teria sido a vida, outrora. Observam-se antigas estruturas da indústria
do sal, eventualmente complemento da antiga indústria do bacalhau, como se
observa nas secas, mais a jusante, na Morraceira. Que estupendo conjunto, aqui
temos!... a apodrecer......
Decidimos
regressar antes de almoço, desta vez a lutar mais intensamente com o vento –
mas sem chuva! Acusando já alguma fadiga lá reentrámos no canal que nos conduz
ao museu do sal. A maré baixa também dificultava a nevegação mas lá conseguimos
acostar no local de origem.
O
equipar é sempre mais fácil que a desmonta, mas lá arrumámos tudo direitinho.
Servimo-nos
de kayaks sit on top da RPF. São o mais adequado e seguro para este tipo de
passeio, sobretudo com crianças. São espaçosos (sim!, tínhamos uma mochila
GIGANTE com apetrechos, leitinhos, iogurtes liquidos, bolinhos e sei lá mais o
quê!), muito estáveis, super resistentes (há sempre umas roçadelas nas margens)
e trazem felicidade!!!!
Um destes dias é de repetir este passeios, por exemplo, numa canoa de índio. Ou, porque não, estrear uns novatos e novatas que eu cá sei em kayak de mar.
Agora
vamos é fazer planos para a próxima aventura!
Por
falar em próxima aventura, está a chegar a Travessia de Outono da AssociaçãoKayaking for the People. Por uma coincidência lixada, realizar-se-á no mesmo
fim de semana que a Final do CNKW!
Esta,
vai realizar-se na região de Setúbal, e iremos percorrer a margem interior da
Peninsula de Tróia no primeiro dia e a costa desde o Outão no segundo dia. Preve-se
um bom número de participantes oriundos da Figueira da Foz. Isto promete! S.
Pedro esteja connosco!